Olhe profundamente, o mais dentro que você possa alcançar, e veja se tem algo que você quer, se tem algum lugar onde queira chegar. Não estou falando da superfície, olhe o mais profundo possível. Hoje começo dessa forma, porque vamos falar de "metas".
Osho elabora da seguinte forma: "De uma coisa eu sei, a existência não tem nenhuma meta e como parte da existência não posso ter meta alguma". Como você compreende isso? Agora, como explicar isso ao senso comum? "No momento em que você tem uma meta, você se separa da existência" o que os seus pais ou seus patrões diriam disso?
Aqui, quero chamar sua atenção para um detalhe muito importante, que provoca tremendo mal entendido. Na superfície, de acordo com sua ocupação, você pode e deve ter metas. A meta de manter uma planta viçosa no seu jardim pode ser facilmente cumprida com algumas doses semanais de água e sol, dependendo da necessidade daquela espécie. Não se assuste quanto às metas da superfície. As metas que te forem dadas são possivelmente passiveis de serem conquistadas. Agora, alimentar a meta de comprar um BMW por mês, se você trabalha como gari, irá provocar tremenda frustração. Esteja atento e tenha muito carinho consigo mesmo, em se tratando disso.
Problema desnecessário é luta sem significado. Em inconsciência, as pessoas vivem no ambiente de luta contra a realidade. Cada vez mais estressados e pressionados com as metas – o que lhes roubam do Agora. O contrário é possível e muito mais artístico e libertador. Encontre um ponto em que você possa estar, aqui e agora, fazendo exatamente o que você gosta.
A grande massa, a sociedade quer consumir algo que a mantenha intacta. Se isso o agrada, não tenho nada a ver com isso. Mas, se isso frustra seu próprio prazer, seu deleite em se mover no mundo, este é um sinal de que você precisará romper com o desenho traçado pela sociedade e encontrar aquilo que, de fato, promove alegria no seu coração.